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Entrei em um taxi qualquer, de um desconhecido qualquer em uma noite qualquer. O taxista já deveria ter seus 50 (e tantos) anos, não trocamos muitas palavras senão um “boa noite” recíproco e meu endereço. Isso tudo já era esperado.

Quando começa a tocar Same Mistake-James Blunt na rádio, tudo muda de figura. Ele me pergunta se a música também me trás á tona lembranças de um antigo amor. Respondo somente que a música é bonita e não me trás memórias. A partir daí ele resolve me contar a história do seu primeiro e único amor.

Diz que a conheceu ainda na época de escola, que eram namorados, mas a mãe dela não aceitava o namoro, pois ele era da mesma condição financeira que ela, e a sogra queria alguém com melhores condições. Ele diz ter cansado das proibições e alegações da até então sogra e terminou o namoro.

Contou que mais ou menos 15 anos depois teve notícias dela, descobriu onde ela morava e decidiu ir até lá. Tocou a companhia e o pai dela foi quem o recepcionou, ele pediu um copo d’água na esperança de ter seu pedido atendido.  Foi levado até a cozinha, onde estava à amada, ela o reconheceu imediatamente. Disse terem conversado por horas, até que a ex-sogra pediu que ele se retirasse e não voltasse a aparecer.

Eu já estava tão envolvida com esse romance que não me contive e tive de perguntar se ele cumpriu a ordem que recebera. Para meu espanto, ele disse que sim. Olhei com o ar de interrogação. Ele se limitou em terminar a história dizendo que soube que um ano após a morte da mãe a mulher finalmente se casara, com outra pessoa. Enquanto que ele, o taxista, ainda há espera.


“Às vezes a gente ouve tantas vozes em nossas cabeças. Algumas nos dizem pra desistir, enquanto outras nos fazer acreditar que ainda vale a pena insistir. O problema é que a gente quase nunca sabe qual voz seguir.” (Querido John)

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É engraçado isso, chega uma hora em que você simplesmente desencanta da pessoa. É bem assim, bem ‘sem mais, nem menos’. Chega uma determinada hora em que você para e reflete que uma pessoa só se esforçando e desejando algo, de nada vale. Chega a hora em que você repara que depois de ter esperado com TANTA ansiedade, ele era só mais um. Chega um determinado momento em que você vê que todos seus esforços sempre foram em vão, e pior, que aquele babaca nunca mereceu nada que viesse de você. Chega o momento em que você simplesmente cansa de receber tantas cortadas e para pra pensar o porquê não é você quem está cortando a conversa. Chega o momento em que você se pega cansada de questionar por que ele tem tempo pra tudo, desde que você não esteja nos planos. Chega a hora em que você para pra pensar “o que foi que eu fiz?”, mas na real, você não tem nada a ver com a falta de coragem dele em honrar ser homem. Chega o momento que você já está cansada de tentar a todo custo que ele abra 5 minutos de espaço na agenda pra te ver. Chega o momento que você cansa de propor ir até ele, ser só dele. Chega o momento em que você vê que ele leu a sua mensagem no chat do facebook, e depois de muitas horas, te responde com uma desculpinha trouxa. Chega o momento em que você está sentada em frente ao seu computador, cansada de brigar com sua péssima internet, que por sinal só estava conectada para falar com ele, e começa a digitar, no escuro – já que o sol já se pôs e eu continuo aqui – esse texto, que nada mais é, do que uma “carta” escrita e assinada por mais uma paixão tola, de um coração que adora se machucar. 

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