Para você que deseja fazer intercâmbio, essa é a hora de tirar todas as suas dúvidas! A Bia, colaboradora do blog, vai trazer um pouco de como foi sua experiência e tirar as dúvidas de vocês! A postagem inaugural sobre isso trata sobre os motivos pelo qual ela quis fazer esse intercâmbio.
POR QUE EU QUIS IR?
Havia me formado há um ano e estava
trabalhando em um pequeno estúdio de fotografia na minha cidade.
Apesar de amar essa área, percebi que o retorno era muito baixo e
que poucas pessoas valorizavam esse tipo de trabalho. Me sentia
presa, pressionada, perdida, cansada, com vontade de fazer coisas
diferentes e de sair da minha zona de conforto.
Então, expliquei a situação e
pedi demissão. Na mesma semana, procurei agências de viagem e
conversei com meus pais sobre meus planos, que na época era só uma
vaga idéia. Queria me encontrar, saber o que fazer da minha vida de
“adulta”.
Apesar de ter estudado inglês a
minha vida toda, tanto na escola como fora dela, sabia que faltava
muito para ser fluente e sabia que essa viagem seria um jeito de unir
o útil ao agradável. Além disso, o inglês seria importantíssimo
e indispensável para meu futuro profissional como aspirante a
publicitária/fotógrafa e essa experiência acrescentaria um peso
enorme ao meu currículo.
PLANEJAMENTO PARA QUEM TEM O SONHO
DE FAZER INTERCÂMBIO
Muita gente diz que o primeiro passo
para uma viagem é a vontade de viajar. Vontade eu sempre tive. Mas
não sabia pra onde, quando e nem por onde começar.
O medo do desconhecido sempre me
impedia. E dinheiro? E a saudades? E se eu não souber me virar em
inglês? E se 6 meses for muito tempo? E se eu não fizer amigos?
Como vou pegar ônibus? E se eu me perder? E se minha família for
psicopata?
Como vocês podem ver só vontade
não resolve nada. Para tornar a viagem possível, o planejamento
deve ser o primeiro passo. Para isso você deve:
1- Enfrentar seus medos, parar de
arranjar desculpas, ir com alma, não com calma. Pare de pensar no
que pode dar errado e pense no que pode dar certo.
Quantas vantagens terei por ser
fluente em uma nova língua? E se eu amar essa experiência? E se eu
conhecer pessoas e lugares incríveis? E se, em outro país, eu me
sentir em casa? E se eu descobrir que viajar é o melhor
investimento?
2- Juntar dinheiro e estabelecer um
prazo para conseguir esse dinheiro. Economize e procure alternativas
para ganhar um dinheiro extra: pode ser costurando, fazendo
artesanato, fotografando, fazendo encomendas de doces, etc.
Se nada disso der certo, apele para
a família, ou, como eu sempre digo,” paitrocínio”. Meus pais
foram os principais culpados, incentivadores , motivadores e
patrocinadores dessa viagem. Eles me deram todo apoio antes, durante
e depois da viagem.
3- Decidir o objetivo da viagem, que
pode ser lazer, aprendizado de uma nova língua, experiência na área
de formação, trabalho voluntário, cursos livres, au pair, ou
ainda, a combinação de vários itens citados.
Primeiro, pensei em ir como au pair,
pois sou louca por crianças, tenho paciência e criatividade para
lidar com elas e sou responsável. O preço sairia muito mais em
conta, o salário era bom, a oportunidade era ótima. Mas quando vi
quais eram minhas responsabilidades e o tempo mínimo para esse tipo
de programa (1 ano), acabei ficando insegura. Percebi que seria muita
responsabilidade e que talvez essa não fosse a
melhor opção no meu caso.
Optei por ir como estudante, assim
teria menos responsabilidades, disponibilidade para o estudo e
aprimoramento da língua inglesa e tempo livre para visitar a cidade.
4- Procure uma agência de viagens
que te mostre as melhores opções para o seu bolso e gosto. Deixe
claro seu objetivo com o intercâmbio, suas preferências e
restrições quanto à cultura e língua.
IMPORTANTE: Não feche com
a primeira agência que você foi. Primeiro, pesquise os preços,
assim como as opções de pagamento. Também entre em contato com
outros intercambistas. Afinal, eles já passaram por essa fase e
podem recomendar a agência adequada.
Indicação: STB
5- Opções e tempo de estadia.
Essa etapa, ainda deve ser decidida
na agência de viagens. As opções mais comuns são casa de família
ou apartamento. A maior vantagem de se alugar um apartamento é que
você tem mais privacidade e é mais independente, não precisa dar
satisfação para ninguém e não tem hora para chegar em casa. Pode
deixar seu quarto bagunçado, sua cama desarrumada e andar a vontade
pela casa.
Em casa de família, você não tem
muita privacidade. Precisa arrumar seu quarto, geralmente tem que
dividir o banheiro com a família ou com outro estudante. Mas as
vantagens são muitas. Por exemplo, pelo fato de você fazer as
refeições com a família, tem a chance de praticar seu inglês com
eles todos os dias, experimentar comidas típicas e aprender mais
sobre a história e a cultura do país.
Se o seu tempo de estadia for longo,
de até 6 meses como eu, por exemplo, você pode ficar numa casa de
família no primeiro mês e, quando já tiver feito novas amizades,
dividir o apartamento para que o preço não fique tão caro.
6- Pesquisar sobre o país que você
viajara: clima, cultura, história, tamanho, costumes, escolas.
Quando me decidi pelo Canadá,
depois de muita conversa, dúvida e pesquisa, sabia que além de
Vancouver ser o lugar menos frio dentre as opções que eu tinha em
vista, é uma cidade que possui, ao mesmo tempo, montanhas como
também lindas praias.
Outro fator que pesou bastante na minha
decisão foi a opinião de amigos e familiares que já haviam
visitado o Canadá. Minha mãe foi para lá em 1997 para passar um
mês estudando inglês e se apaixonou. Minha tia, com o mesmo
objetivo, foi um ano depois e foi amor à primeira vista. Minha
amiga, foi e não queria mais voltar. Minha prima, que foi para
passear, insistia que eu ia amar.
Acabei cedendo, curiosa sobre a opinião unânime e me resolvi por Vancouver, mal sabendo o que me esperava por lá.
Acabei cedendo, curiosa sobre a opinião unânime e me resolvi por Vancouver, mal sabendo o que me esperava por lá.