Seu corpo pesa enquanto dentro de você, sua alma levita. Sente sua alma esfriar, gélida como um paredão de neve, mas por fora, sua pele queima, exala o calor que tanto guardou. Você respira, está viva mesmo naquele momento em que sua mente está quase completamente desligada.
As energias fluem em suas veias, tão naturalmente como as geadas de um inverno sub-tropical. O mundo externo desapareceu, levando consigo tudo aquilo que não pertencia àquele momento. Os olhos pesam, ela já não enxerga com mais nada, se não a alma. A mistura dos sentidos é tão certa quanto confusa.
Ela sente o cheiro daquele doce sabor de uma maçã madura. Saboreia o som dos elementos percorrendo seu corpo com as mais diversas sensações. Vê o exalar daquele cheiro de ervas que passeia pelos ares. Respira fundo. Sua mente se foca em nada ao mesmo tempo que se foca em cada pequeno detalhe de sua vida.
Se fosse possível abrir os olhos e finalmente ver tudo aquilo que sua alma sente, encontraria-se mergulhada no mar de um universo jamais descoberto, seu corpo pulsaria a cada respiração ao sentir as energias seguirem seu fluxo interno. Viveria um momento que jamais seria imaginado, um momento impossível de ser revivido por qualquer outro indivíduo.
Se fosse possível viver tudo aquilo que a alma sente, a essência de uma vida perfeitamente errônea jamais se deixaria existir.
O acordar a chama, sua alma se fecha novamente para a vida. Ela desperta.
Samantha, que texto lindo. Bem profundo e tocante...
ResponderExcluirBeijos,
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Oi Gaby! Fico muuuito feliz com seus elogios e tbm em saber que gostou!!
ExcluirBeijos e obrigada!!